RECICLAGEM EM AÇÃO: RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA, BENEFÍCIOS COMPARTILHADOS
A responsabilidade compartilhada incentiva a colaboração para aumentar as taxas de reciclagem. O Brasil está adotando esse princípio e o programa Cidade+Recicleiros permite que cidades, empresas e comunidades compartilhem tanto a responsabilidade quanto os benefícios da reciclagem.
Neste blog, ouvimos as empresas participantes falarem sobre o valor compartilhado que o programa traz para o meio ambiente, a sociedade e os negócios.
Responsabilidade Compartilhada
As empresas no Brasil que vendem produtos embalados aos consumidores devem assegurar que pelo menos 22% dessas embalagens sejam recuperadas para reciclagem, como parte dos requisitos de "logística reversa" da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
As empresas que produzem as embalagens também precisam apoiar os empreendimentos de reciclagem. E, os governos e consumidores locais também têm um papel importante a desempenhar para garantir que os resíduos recicláveis sejam separados e coletados para reciclagem.
Essa responsabilidade coletiva criou oportunidades para que empresas, municípios e comunidades trabalhem juntos em novas parcerias de reciclagem que podem trazer benefícios a todos os envolvidos - e, é claro, ao meio ambiente.
Este é o ethos por trás do programa Cidade+Recicleiros no Brasil e o modelo foi aprovado pelos órgãos ambientais do país.
Benefícios Compartilhados
Já vimos como o Cidade+Recicleiros vem beneficiando os municipios, apoiando os cooperados e alavancando as taxas de reciclagem. Mas e as empresas?
Cidade+Recicleiros, desenvolvido pela ONG Instituto Recicleiros, é um dos projetos aprovados pela Associação Brasileira de Alimentos e Bebidas - cujos membros incluem grandes marcas globais - para que seus associados invistam no cumprimento de suas exigências regulatórias em logística reversa de forma sustentável.
Criticamente, o programa está investindo em capacidade adicional de reciclagem, introduzindo sistemas de coleta seletiva onde eles ainda não existem, e sua abordagem holística inclui a exigência de que os municípios participantes adotem políticas públicas que garantam que a coleta seletiva seja sustentada no longo prazo.
A SIG está liderando o apoio empresarial ao projeto como investidora semente. Mais de 400 empresas estão agora investindo para ajudar os municípios a estabelecer sistemas sustentáveis de coleta seletiva de resíduos de consumo para reciclagem.
"É bom para o meio ambiente, bom para a sociedade e bom para os negócios", diz Rafael Viñas da Fundação Espaço Eco, uma das organizações participantes da Cidade+Recicleiros.
"O programa vai reduzir a pressão sobre os aterros sanitários do país e permitir que mais materiais sejam reciclados em novos produtos", diz Rodolfo Walder Viana, gerente de sustentabilidade da América do Sul da BASF, uma das empresas envolvidas no programa. "É apoiar a inclusão social, formalizando empregos para desempregados vulneráveis". E está aumentando a reputação do ecossistema empresarial do qual a BASF faz parte, ajudando a estruturar cadeias de valor de Responsabilidade Civil Estendida por Produtos".
Valor agregado para os negócios
A SIG decidiu fazer parceria com o Instituto Recicleiros, não só pelo impacto ambiental e social positivo que o programa Cidade+Recicleiros irá proporcionar, mas também pelo valor agregado que oferece às empresas.
"Queríamos oferecer uma solução de qualidade para nossos clientes, que lhes permitisse ter certeza de que estão cumprindo suas exigências regulatórias, aumentando comprovadamente a reciclagem a longo prazo", diz Isabela de Marchi, da SIG.
"A Cidade+Recicleiros oferece essa solução. Ao investir no programa, nossos clientes obtêm os benefícios adicionais de trazer impactos positivos para as comunidades e melhorar a reputação de sua marca".
A Nestlé é o primeiro cliente da SIG a aderir à Cidade+Recicleiros.
"As embalagens dos nossos produtos são essenciais para evitar o desperdício de alimentos, garantir nossos padrões de qualidade e se comunicar com nossos consumidores - e também é parte integrante da jornada da sustentabilidade", diz Cristiani Vieira, Gerente de Sustentabilidade Ambiental da Nestlé.
"A visão da Nestlé é que nenhuma das embalagens dos nossos produtos acabe em aterros sanitários ou como lixo", diz ela. "Fazer mudanças nas embalagens que usamos é uma grande parte da ação que estamos realizando como empresa enquanto trabalhamos em direção à nossa ambição de que 100% das nossas embalagens sejam reutilizáveis ou recicláveis até 2025". Mas também é importante que haja uma infra-estrutura que permita que a reciclagem aconteça".
A colaboração é fundamental para estabelecer sistemas sustentáveis de gestão de resíduos que irão melhorar as taxas de reciclagem e impulsionar a circularidade. O programa Cidade+Recicleiros está desenvolvendo um sistema completo de gestão de resíduos que promove a mudança sistêmica.
"Esta parceria entre a Nestlé e a SIG é a base para o desenvolvimento de uma infra-estrutura duradoura que irá proporcionar ao meio ambiente, às comunidades e aos negócios", continua Cristiani. "É uma forma de implementarmos uma responsabilidade compartilhada que cria valor compartilhado para todos ao longo da cadeia de valor".
Parte de um quadro mais amplo
A Nestlé também vê oportunidades de aumentar ainda mais as taxas de reciclagem através da construção da parceria Cidade Recicleiros para conectar diferentes atores da economia circular, ampliar o modelo para mais cidades e desenvolver o mercado de materiais reciclados.
Outro elemento importante será trabalhar em conjunto para aumentar a conscientização do consumidor. Cristiani diz: "Nosso objetivo é fazer evoluir a parceria entre a Nestlé e a SIG para desenvolver uma comunicação envolvente e educativa para promover o aumento da reciclagem".
Saiba mais sobre o papel crítico que os consumidores têm a desempenhar na reciclagem em nosso blog SIGnals sobre como as embalagens cartonadas são recicladas.
- junho 22, 2020